Brasil em risco pelo colapso da Evergrande: um bom momento para se refugiar nas criptomoedas?
Os criptoativos já são utilizados em economias instáveis como reserva de valor e oportunidade de investimento quando o sistema tradicional mostra suas debilidades
Fonte: Silvina Moschini – Joven Pan
A falência da Evergrande, uma das maiores empresas do mundo, não só provoca um tsunami na economia chinesa, como também pode afetar os seus parceiros comerciais, entre os quais o Brasil desempenha um papel de destaque. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de minério de ferro, e a China, seu principal cliente, compra 63% da produção anual. Grande parte deste volume vai para a indústria da construção, que atualmente atravessa uma crise agravada pelos problemas econômicos de suas duas maiores construtoras: a Evergrande e a Country Garden, que possui quatro vezes mais projetos imobiliários no país, acumula uma dívida enorme e cuja quebra poderia significar um duro golpe para o mercado.
Na China, esta crise traduz-se numa queda de 82% na rentabilidade total do setor imobiliário: as vendas de moradias enfrentam um incumprimento de 40%, e a expectativa é que os novos projetos de construção sofram uma redução de 4% a 6%. Para o Brasil e outras economias latino-americanas que exportam matérias-primas para a Ásia, a situação tem provocado quedas na Bolsa de Valores de metais vitais para a indústria imobiliária, como o cobre.
A diversificação como necessidade e a opção cripto
Diante deste cenário, a necessidade de diversificação torna-se ainda mais premente. As criptomoedas podem ser um caminho em meio à turbulência econômica, embora seja importante levar em conta que qualquer evento macroeconômico repercute nos comportamentos de investimento e nos criptoativos. Segundo vários analistas, a onda produzida pela crise chinesa pode afetar as já voláteis criptomoedas, mas, também, trazer benefícios para o mercado cripto a longo prazo, consolidando-o como uma alternativa ao sistema tradicional. Para quem não tem acesso ao dólar como reserva de valor ou simplesmente não o utiliza, as criptomoedas têm sido um grande sucesso, sobretudo em economias afetadas por crises econômicas e pela inflação, como na Argentina, Venezuela ou Turquia.
Novas criptomoedas para novos desafios
Além das stablecoins já conhecidas, as novas criptomoedas oferecem possibilidades que evitam a volatilidade. A Unicoin, por exemplo, é uma criptomoeda de última geração que incorporou a importância do respaldo e a necessidade de diversificação como as bases de seu modelo, construindo um portfólio de ações, imóveis e ativos de mineração para mitigar o risco.
Oferece ainda a oportunidade de negociar imóveis a 140% do seu valor de avaliação na aquisição de unicoins.
Essas são apenas algumas das opções oferecidas pelas criptomoedas diante da perspectiva de um possível efeito-contágio da crise chinesa nas economias latino-americanas. Este ano, o Brasil consolidou sua posição de liderança na adoção de criptomoedas, com 8% da população negociando criptoativos. Trata-se de mais um exemplo de como uma circunstância considerada difícil à primeira vista pode abrir novas oportunidades de crescimento para aqueles dispostos a transformar seus limões em limonada.
Fonte: Joven Pan