EUA aplica multa de R$ 17 bilhões em criador de pirâmide financeira, Mirror Trading, preso Brasil
Johan Steynberg, Sul Africano, foi preso em Goiânia-GO, e após um ano de investigação das autoridades e agora a África do Sul pede sua extradição. Multa aplicada ao criador da pirâmide MTI de R$ 17 Bilhões de reais.
Na madrugada desta sexta-feira, um juiz dos EUA ordenou que um empresário sul-africano – atualmente detido no Brasil desde 2021 – pague mais de US$ 3,4 bilhões – cerca de R$ 17 bilhões – em multas.
Metade desse valor irá para a restituição às vítimas das atividades fraudulentas do acusado, com a outra metade designada como penalidade civil. Trata-se da maior multa civil já aplicada pela Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC), segundo a Bloomberg.
Durante esta madrugada de sexta-feira, um juiz dos EUA ordenou que um suposto empresário sul-africano, tido como criador de pirâmide financeira que atuava com Bitcoin, hoje preso no Brasil desde 2021 – pague mais de US$ 3,4 bilhões – cerca de R$ 17 bilhões – em multas.
Foi colocado que metade desse valor deverá restituir as vítimas que foram vítimas das atividades fraudulentas do acusado. A outra metade designada como penalidade civil. Trata-se da maior multa civil já aplicada pela Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC), segundo a Bloomberg.
Sobre Johann Steynberg
De acordo com a CFTC, Steynberg conseguiu adquirir nada menos que 29.421 bitcoins de mais de 23.000 investidores entre 2018 e 2021. O valor atual desses bitcoins é estimado em mais de $ 1,7 bilhão em março de 2021. Steynberg havia prometido a seus investidores participação em um investimento pool gerido pela sua empresa. A empresa de Steynberg exigia um depósito de $ 100 em Bitcoin dos investidores, com garantia de retornos mensais de 10% do valor investido. O site da Mirror Trading International afirmou que os investidores precisam apenas sentar e aproveitar os lucros sem nenhum esforço.
No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil decidiu manter a prisão cautelar de um sul-africano, após sua defesa solicitar prisão domiciliar ou outro regime menos rigoroso que o encarceramento. A defesa alegou que não havia um pedido oficial de extradição e que o acusado deveria aguardar o processo fora da prisão. No entanto, o ministro André Mendonça, relator do caso, enviou um despacho ao Ministério do Exterior para entrar em contato com as autoridades na África do Sul.
A resposta foi que o país africano já havia iniciado os trâmites de extradição em abril deste ano. Assim, a prisão do acusado foi mantida enquanto o processo tramita.
O sul-africano foi preso em Goiânia em dezembro de 2021 após um ano de investigações para descobrir sua localização exata, e na prisão foram encontrados documentos falsos, notebooks, celular e cartões de crédito. A operação foi realizada pelo Grupamento de Intervenções Rápidas Ostensivas (GIRO).