Governo anuncia nova versão do RG que usará blockchain e token de identificação estilo NFT para os brasileiros
RG agora usa blockchain e governo quer ampliar serviço para garantir um token de identificação para todo cidadão
O novo RG, como foi chamado o projeto para reformular o antigo documento com mais informações do cidadão inclusas, contará com uma segunda camada completamente digital. Quem afirma é o secretário de Governo Digital do Ministério da Gestão, Rogério Mascarenhas, em entrevista ao canal CDTV.
A nova versão do RG, um dos principais documentos de identidade do Brasil, já emitiu mais de 1 milhão de novos documentos, anunciou o governo federal, e que o sistema agora é alimentado pela tecnologia blockchain.
Segundo Rogério Mascarenhas, ministro de Governo Digital do Ministério da Administração, as informações do novo RG agora são verificadas diretamente com a Receita Federal por meio do sistema blockchain b-Cadastro baseado em Hyperledger.
Ele diz que o novo documento utilizará a tecnologia blockchain, a mesma responsável por criar o bitcoin (BTC) e outras criptomoedas, para sincronizar dados com a Receita Federal.
O uso da tecnologia evita fraudes e facilita a integração de sistemas e dados, já que os RGs são emitidos pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) de cada estado, enquanto os CPFs são emitidos pela Receita Federal.
Estamos atingindo 1 milhão de emissões, com 12 estados integrados. Vamos mudar a estrutura, com o CPF como login único. E vamos sair de uma solução de comunicação via API por uma solução de blockchain com o Serpro como parceiro. Isso permitirá uma maior celeridade na troca de informações e de atualização da situação do CPF”, revelou o secretário ao CDTV.
O b-Cadastros é uma solução em blockchain que possibilita acesso a dados das bases CPF, CNPJ, CAEPF, CNO e Simples Nacional. Por meio dela estes dados são compartilhados com órgãos públicos e entidades conveniadas. A solução foi lançada em 2021 e é uma ‘evolução’ do b-CPF, primeira solução em blockchain adotada pela Receita Federal e que foi lançada em 2018.
“Hoje é um processo via API e está indo para um processo blockchain. Os estados estão se adaptando a isso, inclusive São Paulo. Na medida que a gente mude essa forma de interação, a adesão será natural. Essa mudança minimiza custos internos para emissão do documento e robustece melhor, se tornando uma via de mão dupla para efeito de atualização do CPF e de ajuste que precisar ser feito. Reduz custo e melhora a eficiência do processo”, disse Mascarenhas.
“É importante ter padrões de segurança nesses dois layers. Imaginamos que em 3 anos e meio, no ciclo de governo fechado, tenhamos uma aceleração da distribuição das novas CINs, que já sai com a possibilidade de a pessoa ser ‘ouro’, tendo um cidadão perfeitamente identificado, capaz de exercer direitos e cumprir deveres no mundo digital de forma plena. Essa é a grande meta”, apontou
“Dada a segurança, confiança e transparência que a tecnologia oferece, o caminho natural é que o governo seguisse pela adoção dessa ferramenta de registro. O blockchain não é o futuro – é o agora, cada vez mais integrado à nossa realidade”, disse
Essa tecnologia não é exatamente uma novidade. Ela é fruto de uma parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), lançada em 2021.