O Universal Music Group exigiu que “Heart On My Sleeve” fosse removido de todas as plataformas de streaming.

Uma música gerada por inteligência artificial que imita o estilo vocal de Drake e The Weeknd provocou um novo debate sobre direitos autorais na indústria da música. A música “Heart On My Sleeve”, criada pelo usuário do TikTok Ghostwriter977, se tornou viral com 275.000 visualizações no YouTube e 625.000 visualizações no Spotify antes de ser removida.

Há poucos dias o Bilionário ELON MUSK alertou sobre os riscos para a civilização caso a IA não seja “controlada”.

“Por menor que se possa considerar essa probabilidade, mas não é trivial – tem o potencial de destruição civilizacional.”

Elon Musk

A gravadora dos artistas, Universal Music Group (UMG), controladora da Republic Records, exigiu que as principais plataformas de música, incluindo Apple Music, Spotify, YouTube, Amazon Music e SoundCloud, removessem a música, argumentando que oferecê-la constitui um violação de direitos autorais.

“O uso de músicas de artistas para treinamento de inteligência artificial generativa viola leis e acordos de direitos autorais, e a presença de conteúdo infrator em provedores de serviços digitais força os titulares de dados a escolher entre apoiar artistas, fãs e criatividade, ou permitir deep fakes, fraudes e artistas não pagos ”, disse um porta-voz do Universal Music Group à BBC.

Leia: ELON MUSK ALERTA DOS RISCOS DA IA

“Quem pensa que esse risco é 0% é um idiota.”

Elon Musk

Embora a Seção 230 da Lei de Decência nas Comunicações proteja plataformas de streaming como Spotify, Apple e YouTube de serem legalmente responsáveis ​​por conteúdo carregado por terceiros, elas são obrigadas a honrar solicitações válidas de remoção de direitos autorais.

Em 4 de abril, “Heart On My Sleeve” foi carregado no Spotify e no YouTube. Depois que o YouTube a retirou, os fãs da música de IA continuaram a carregá-la, ganhando ainda mais ouvintes. A gigante do streaming acabou em um jogo de “whack-a-mole” enquanto tentava atender ao pedido da UMG.

O CEO e advogado da AR Media, Andrew Rossow, diz que o recurso legal de um artista ou gravadora para prosseguir com uma ação judicial depende de vários fatores, começando com qual país teria jurisdição sobre o caso de infração.

“As questões de direitos autorais em que os criadores usam IA para fazer gravações digitais de um artista podem ser vistas através de lentes semelhantes à era da pirataria musical, em que um ser humano estava envolvido e, na maioria dos casos, pode ser rastreado até um local físico para satisfazer o requisito de jurisdição. para abrir um processo”

Rossow ao Decrypt

Álbuns com vozes geradas por IA de músicos parecem estar ganhando força. Na semana passada, outro projeto gerado por IA, AIsis – The Lost Tapes, da banda de rock britânica Breezer, apresentava a voz gerada por computador do cantor do Oasis, Liam Gallagher, interpretando as canções de Breezer.

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