USDT é responsável por 80% de todas as transações de criptomoedas no Brasil em 2023
Até agora, em 2023, as transações de USDT totalizaram US$ 271 bilhões de reais (aproximadamente US$ 55 bilhões) e ultrapassaram as transações de Bitcoin (BTC), que representaram US$ 151 bilhões de reais (US$ 30 bilhões).
Amarra (USDT) stablecoin se tornou a criptomoeda mais usada no Brasil, com sua adoção aumentando incrivelmente este ano. De acordo comrelatórioda Receita Federal do Brasil (Departamento Especial da Receita Federal), o USDT representou até 80% de todas as transações criptográficas liquidadas em 2023 até agora.
De acordo com o relatório da agência, as transações do USDT totalizaram US$ 271 bilhões de reais brasileiros (aproximadamente US$ 55 bilhões) e ultrapassaram o Bitcoin (Bitcoin) transações, que representaram US$ 151 bilhões de reais (US$ 30 bilhões).
O uso do Tether no Brasil começou a ganhar força em 2021, quando a taxa de inflação do país atingiu 10,06%, o nível mais alto desde 2015 e o quarto maior após a implementação do real brasileiro (BRL) em 1994. A taxa de inflação recorde levou a comerciantes que procuram maneiras de se proteger contra a desvalorização constante do real brasileiro em relação ao dólar americano. Como resultado, os traders recorreram às stablecoins, sendo o Tether o preferido. Os brasileiros adquiriram US$ 9,7 bilhões em USDT entre janeiro e novembro de 2021.
Até agosto de 2022, quase 80 mil transações de USDT, totalizando US$ 1,42 bilhão, foram feitas por empresas brasileiras, com um valor médio de quase US$ 18 mil por transação. Em outubro, quase US$ 1,8 bilhão foram transacionados usando USDT em até 119.366 operações.
Em outubro de 2022, a Tether disponibilizou a criptomoeda USDT em mais de 24 mil caixas eletrônicos em todo o Brasil. A empresa também fez parceria com a empresa brasileira de pagamentos SmartPay, que ajudou a integrar o USDT ao sistema de pagamentos brasileiro PiX e à TecBan, o maior provedor de caixas eletrônicos do Brasil.
Naquela época, o CTO da Tether, Paolo Ardoino, comentou:
“As dificuldades e limitações impostas pela inflação e por um sistema financeiro pouco inclusivo excluíram muitos cidadãos do Brasil da possibilidade de participar da crescente economia do país. Adicionar tokens tether aos caixas eletrônicos em todo o Brasil oferece a oportunidade de incluir mais pessoas no sistema financeiro.”
Em seguida, o Tether permitiu que os usuários depositassem reais em caixas eletrônicos e recebessem USDT em suas carteiras.
Enquanto o USDT domina o mercado brasileiro, o USD Coin (USDC) é a segunda moeda estável mais negociada no país, com transações em USDC totalizando US$ 23,9 bilhões neste ano até agora.
Outra stablecoin amplamente adotada no Brasil é o BRZ – a maior stablecoin sem dólar. Lançado em 2019, o BRZ é um token ERC-20 construído sobre o blockchain Ethereum projetado para manter uma indexação de 1:1 ao real brasileiro. Foi a criptomoeda brasileira mais negociada no país em janeiro de 2021, quando o volume de operações com o BRZ totalizou aproximadamente R$ 203 milhões.
Atualmente, o Brasil é o quinto país do mundo em número de proprietários de criptomoedas. Dentro da orientação regulatória introduzida pelo governo no final de 2022, as empresas que atuam no segmento de criptoativos precisam de licença para operar no país, como é exigido para instituições financeiras. Deverão também obter o número de registro de pessoa jurídica no Brasil (CNPJ). Outra exigência é que atividades suspeitas sejam comunicadas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).
Além disso, todas as exchanges de criptomoedas que operam no Brasil são obrigadas a divulgar todas as transações dos usuários ao governo. Ganhos de capital provenientes de vendas de criptografia superiores a 35.000 reais por mês estão sujeitos a imposto de 15% a 22,50%.